quarta-feira, 2 de março de 2011


Ué,ué,ué...foi assim que me apresentei ao mundo, com uma voz ainda prematura e a satisfação de viver ainda desconhecida. Deitaram-me sobre o colo mais ardente do meu mundo, com o propósito de derramar sobre mim o alimento sagrado a todo recém-nascido. Com dificuldade e relutância aceitei, por pouco tempo, aquele liquido branco do qual até os dias atuais rejeito.
Efêmero como é o tempo, encarregou-se de desenvolver minhas habilidades naturais: sentei, engatinhei, caí, chorei, me levantei, fiquei de pé, andei. A cada passo uma nova descoberta, a cada queda, uma nova lição, a cada nova tentativa, uma nova estratégia, e a cada conquista um novo sorriso. A proposta da vida foi se tornando satisfatória ao longo do tempo, não que as alegrias constantes fossem a cauda da satisfação, mas a descoberta do “outro” e do “eu”, através da viagem que comecei com um choro, me fez perceber o quão é plausível viver, se descobrir, descortinar e conquistar inúmeras “coisas” ao longo de toda essa viagem que é a vida!
Meu roteiro teve inicio, mas ainda não chegou ao fim... Comecei a desvendar meu mundo quando descobri que o amor é diferente em cada ser, e que esses seres são distintos não só por sentirem o amor de formas diferentes, mas por quererem sempre desvendar o outro a sua própria maneira. Meus olhares sobre as coisas foram se modificando, o amadurecimento de minhas percepções foi se processando, e a cada crescimento constituído lições foram agregando vontades, anseios, buscas, indagações, limites, prazeres, aprendizados, decepções, angustias... Meu mundo foi sendo desvendado. As fronteiras da minha narrativa foram surgindo com minhas descobertas, e ultrapassá-las, tanto as dissolvendo como as recriando, se tornaram meu foco para a longa viagem que se constitui minha essência de viver.
A timidez da minha puberdade ficou no armário das minhas lembranças assim como o medo de enfrentar os desafios da vida. A base de minha formação criou em mim os verdadeiros princípios necessários a discernir o bom e o ruim, o plausível e o desprezível. Não extinta de variados defeitos, cometi e cometo muitos erros em minha vida do qual o arrependimento não me corroem, a chance de consertar me dá novo impulso.
A maturidade em constante processo tem feito quem sou a cada dia, múltipla, e indefinível. É claro que nem tudo é absoluto, mas não me defino hoje, por não saber se amanhã seria a mesma, pois a cada dia aprendo algo novo, reflito minhas ações e procuro ser alguém melhor do que fui ontem!
Almejo continuar a viagem da minha vida, com os sorrisos mais largos possíveis, e a satisfação de viver a cada dia uma nova história, um novo momento!Quero poder avançar no que me qualifico, quero sentir-me cidadã no país que vivo, quero poder enfrentar os maiores desafios de minha paixão: A Educação!
Quero enxergar a vida com os olhos de uma criança, sempre com a esperança de poder viajar mais e mais, construir sonhos e alcançá-los perenemente!
“Eu quero sempre mais, de mim, de ti, de todos”.
To indo...

Carta pro papai!


Minhas palavras hoje são exclusivamente sobre alguém, mais que especial pra mim, FUNDAMENTAL!
Alguém que me acolheu desde pequenina, me ensinou os mais belos princípios da vida, me fez crescer com muito amor, com muita dedicação, com muito zelo, com muita sinceridade, com muito alicerce, incentivo, conselhos, enfim... Alguém que me proporcionou e me proporciona todos os dias muito orgulho e felicidade! Papai, meu herói de todos os dias, meu anjo da guarda perfeito, meu amigo, meu conselheiro, meu alicerce!
Quando eu choro ele chora comigo, quando eu me alegro ele se emociona, quando eu erro ele sempre tem algo a me ensinar, ele me enche de orgulho e de amor, às vezes me pergunto o que fez dele um ser humano tão cheio de qualidades? Tão cheio de amor?
Muitas vezes eu decepcionei o coração do meu pai, o fiz chorar, o magoei profundamente, eu não entendia muitas coisas que ele me fazia passar, eu não entendia muitos momentos de regras, de restrições. Hoje eu me analiso, analiso minha vida, já vou completar 20 anos e tenho tantas coisas, realizei tantos sonhos, estou a ponto de alcançar mais e mais objetivos... hoje eu tenho uma certeza em mim...se não fosse esse anjo perfeito, que me ensinou a esperar cada coisa a seu tempo....ah! O que seria de mim? Tudo que tenho, tudo que sou hoje devo a você meu pai, meu amigo, meu herói!
O teu amor me fez crescer, o teu amor me fez sonhar, o teu amor me fez viver, o teu amor me faz a pessoa mais feliz e satisfeita do mundo!
Obrigada por me fazer tão bem, por me acolher quando mais preciso, e por dedicar a mim um amor tão grande! Você sempre será minha eterna paixão, pois sem o teu amor meu pai eu não posso viver! É pra ti que dedico minhas conquistas, é o teu coração que eu almejo encher de orgulho. Meu pai, você me ensinou a escrever, a pensar, questionar, indagar... Não quero e não posso viver sem ti, você é meu tudo!
O Amor que sinto por meu pai, vai além do sentimento natural, é um amor que aceitei por vontade própria, um amor que foi construído e conquistado, um amor baseado no respeito, no orgulho! Não tenho nada a reclamar da vida, pois tenho tudo que preciso: O homem da minha vida! PAPAI!
Joãozinho, até a 100000000000000000000000000000000000 declaração!
Te amo Demasiadamente!

terça-feira, 1 de março de 2011


Estive observando, e logo analisando a nova moda entre adolescentes, a moda do “eu te amo”. Tá na moda amar, tá na moda ter melhores amigos, tá na moda ter anjo da guarda e amuleto da sorte, mas será que essa moda tão explicita nas paginas mais badaladas da internet, como Orkut, facebook, dentre outros, aproxima as pessoas pelo amor?
Não me interpretem mal, não quero fazer alusão a nenhum falso sentimento, mas a cada dia que passa percebe-se que mais e mais pessoas enviam EU TE AMO e recebem EU TE AMO do dia pra noite. Será que os homens estão mesmo se amando mais? Ou a aparência de uma pagina virtual faz com que as pessoas queiram ser amadas? é a presença, ou é a falta de amor que torna as paginas virtuais cada vez mais recheadas de expressões “loveanas”?
Indagando-me sobre isso, pensei... Se o amor é construido no convívio e respeito às diferenças, se o amor é o sentimento mais puro que o ser humano proclama, como posso amar alguém que não vejo? ou que não sinto? que não converso diariamente ou constantemente? que não abraço? que não participo de sua vida, de suas conquistas? de suas lutas de seus dias tristes? de seus momentos de fraquezas, nas horas de conselhos...? Enfim... Como posso proclamar amar alguém que mora a 1 metro de distancia da minha casa e ainda sim, só participo de sua vida através de atualizações em sites de relacionamentos? Será leviana ou generalizante minha indagação? Não é minha pretensão fazer isso, pois que direito eu teria de questionar, ou duvidar de um amor que não conheço?
Minha preocupação não está em julgar a aparência de paginas virtuais recheadas de EU TE AMO, mas em questionar e instigar o contato cada vez mais distante das pessoas.
Usamos e abusamos das técnicas, que a cada dia surgem com novas possibilidades de contatos, estamos cada vez mais ansiosos por novidades virtuais, a cada passeio, a cada flesh, a cada nova onda de sorrisos e loucuras, nossos sentimentos afloram por querer compartilhar com nossos 900 e lá vão tantos, amigos na internet. No entanto, o que me basta compartilhar visualmente? Estamos realmente compartilhando momentos explícitos de alegria? Ou estamos deixando o Google saber ainda mais sobre nossas vidas, nossos passos, e permitindo que estes constantemente invadam nossa privacidade?
Se o “EU TE AMO” tão proferido entre as paginas virtuais, para “amigos”,” vizinho”, pessoas que conhecemos ontem, namorados...estão sendo explicitados de forma verdadeira, a vontade do abraço, a concretização dos desejos, e a participação na vida de quem dizemos amar não deveria ser notória na realidade de nosso cotidiano, mesmo que as circunstancias de uma era das ocupações, estejam mutilando os espaços de reflexões e aproximações entre os indivíduos?
Entender o porquê de muitas coisas está se perdendo cada vez mais entre os homens, as respostas rápidas e a agilidade das mudanças na sociedade, estão fragilizando nossa capacidade de refletir sobre o exposto, e a significação das técnicas em nossas vidas não se fazem presente.
Nas palavras de Milton Santos: “a técnica é a grande banalidade e o grande enigma, e é como enigma que ela comanda nossa vida, nos impõe relações, modela nosso entorno, administra nossas relações com o entorno”.
Assim, é necessário acordarmos desse sono profundo que é a ignorância sobre as coisas que, modelam nosso entorno, precisamos estar atentos pra o significado das técnicas pra que elas possam ter, além de utilidade, sentido em nossas vidas!
O mais importante... Estreite seus laços de amor, de amizade, estreite literalmente, compartilhe momentos de alegrias, olho a olho, corpo a corpo!
Diga eu te amo ao pé do ouvido, não deixe a ciência da técnica escravizar seus sentimentos!
AFF...!!!