quinta-feira, 6 de maio de 2010

“Lembre-se de esquecer” (Kant)

Às vezes nos fazemos perguntas que nos levam a duvidas, que nos levam a dor, que nos levam a lagrimas, que nos levam a incertezas, que nos levam a contradições, que nos levam a reflexões, que nos levam... Levam-nos a varias direções, menos as direções das certezas e das escolhas! Esse cenário propicia momentos de infinita busca, mas ao mesmo tempo de infinita exaustão. Essas perguntas vêm de algo que plantamos, de algo que a vida propiciou, vem das coisas que tapam nossas percepções e sentimentos, vem de tudo aquilo que gostaríamos que não houvesse sentido ou não houvesse veracidade. No entanto, elas surgem e se transformam em pequenos-grandes obstáculos e assim nos viciam a lembrar e a querer respostas imediatas do que esta bem no fundo de nossas “vontades”. Mas elas torturam a quem não consegue ser “pratico”. Elas são como “filhos passageiros”, paridas de uma vontade inexistente, e criadas na incapacidade de respondê-las. Perpetuam-se em nós até que o tempo e as circunstancias se encarreguem de torná-las inúteis. Esse é o medo! Medo de torná-las inúteis, sem ao menos responde-las. Sem saída, encontramos uma saída, que vem favorecer nossos medos, mas tranqüilizar nossa rotina: esquecer! Só nos resta agora: lembrar de fazer isso, que é bem mais conveniente para quem não consegue ser “pratico”.

Sâmmyla Cyndy

Obs: Este texto é de minha autoria, sendo só a frase "Lembre-se de esquecer" de Kant.